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Jato brasileiro de US$ 60 milhões pode ser a vítima mais valiosa das tarifas de Trump

Embraer pode ser severamente impactada pela nova sobretaxa dos EUA sobre exportações brasileiras, especialmente em seus jatos E175-E1, que representam 97% das vendas para o país. A fabricante avalia os efeitos potenciais da tarifa e se prepara para discutir o assunto em sua próxima conferência de resultados.

Embraer enfrenta riscos com a nova sobretaxa de 50% dos EUA sobre exportações brasileiras, prevista para agosto.

O jato E175-E1, avaliado em cerca de US$ 60 milhões, é o principal produto da companhia na mira das tarifas. Analistas do Citi destacam que 55% da carteira de pedidos da Embraer é para companhias aéreas americanas.

Cerca de 97% dos pedidos firmes da Embraer são dos jatos E175-E1. Essa aeronave, com capacidade para até 90 passageiros, faz parte da bem-sucedida família E-Jets.

Embora os componentes dos jatos sejam majoritariamente fabricados nos EUA, a Embraer informou que está avaliando os impactos da sobretaxa e trabalha com autoridades para reestabelecer a alíquota zero de impostos de importação.

As ações da Embraer caíram 3,70% na B3, mas ainda têm valorização de cerca de 30% no ano.

Além da Embraer, outras oito empresas brasileiras podem ser afetadas, incluindo Tupy, WEG e Vale, conforme análise do Citi.

As discussões sobre as tarifas estão em aberto, com possibilidade de negociações futuras entre Brasil e EUA.

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