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Javier Milei provoca economistas após previsões de queda do peso argentino

Apesar das oscilações, o peso argentino se mantém acima das expectativas de desvalorização, gerando controvérsias entre economistas e o governo de Javier Milei. A confiança dos investidores é alimentada por medidas que prometem aumentar a oferta de dólares no mercado e reduzir a demanda pela moeda.

O peso argentino superou expectativas após a flexibilização de sua taxa de câmbio fixa, evitando uma queda acentuada. O presidente Javier Milei criticou analistas que previram uma desvalorização maior, especialmente Martin Rapetti, diretor do think tank Equilibra.

No dia 24, o peso estava em 1.175 por dólar, acima do limite inferior de 1.400 estabelecido pelo banco central, com Milei prevendo que possa chegar a 1.000.

O ministro da Economia, Luis Caputo, também expressou descontentamento com previsões de depreciação do peso. O FMI instruiu o banco central a não vender reservas em moeda forte para apoiar o peso, esperando que isso aconteça somente se a moeda cair para 1.400.

Ainda que o peso tenha se enfraquecido, a maioria dos analistas acredita que as condições favorecem a manutenção do valor. A taxa de juros de 29% da Argentina atrai investidores em operações de carry trade, e o banco central aliviou as restrições para investidores estrangeiros.

Milei também cortou a impressão de dinheiro e prometeu um superávit orçamentário para 2025. O economista Fernando Marull afirmou que a combinação de fatores atuais deve aumentar a oferta de dólares, mas advertiu que a moeda permanecerá volátil.

A pressão sobre o peso pode aumentar no segundo semestre, com investidores tradicionais convertendo ativos em dólares antes das eleições de meio de mandato em outubro. Embora a queda do peso tenha sido menor que o esperado, alguns economistas acreditam que a inflação pode subir se houver uma desvalorização significativa.

Rapetti, por sua vez, argumenta que uma taxa de câmbio mais fraca é necessária para um crescimento econômico sustentável e reservas crescentes no banco central, ressaltando que é cedo para afirmar que Milei teve sucesso em manter o peso forte.

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