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Javier Milei veta plano de ajuda a cidade devastada por inundações

Milei justifica veto afirmando que a proposta não apresenta fonte de financiamento. O Congresso precisará de uma maioria especial para reverter a decisão considerada "cruel" pela oposição.

Presidente argentino, Javier Milei, veta criação de fundo para reconstrução de Bahía Blanca.

O veto foi publicado no Diário Oficial, barrando uma lei aprovada em junho que destinava 200 bilhões de pesos argentinos (cerca de R$ 934 milhões) para a cidade, que sofreu com inundações devastadoras em março, resultando em 18 mortos e perdas milionárias.

O Executivo alegou que a lei "não indica fonte de financiamento" adequada, contrariando seu compromisso com o equilíbrio fiscal. A oposição classificou o veto de "cruel".

O governo destacou já ter oferecido ajuda a 32 mil desabrigados por meio de um pagamento único de até US$ 2.500 (cerca de R$ 14 mil).

Manuel Adorni, porta-voz presidencial, afirmou que a nova lei "se sobrepõe" aos recursos já transferidos. A proposta de ajuda do Congresso foi aprovada com 153 votos a favor, sem abstenções, e 32 contra, apenas do partido governante, Liberdade Avança.

A lei vetada incluía subsídios, créditos suaves, isenções de impostos e prazos de carência às vítimas.

As inundações foram causadas por chuvas torrenciais que dobraram a média anual da cidade. Danos estimados em US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões) resultaram em um luto nacional de três dias.

Milei visitou a área cinco dias após a catástrofe, enfrentando críticas pela demora.

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