JBS dá grande passo para listagem nos EUA e ação dispara: no que ficar de olho agora?
Acordo com o BNDES elimina barreiras para a listagem da JBS nos EUA e impulsiona claramente as ações da companhia. Expectativas se intensificam quanto à reavaliação do valor das ações no mercado americano.
J&F firma acordo com BNDES para listagem da JBS nos EUA
A holding J&F, controladora do frigorífico JBS (JBSS3), selou um acordo com o BNDES, permitindo a superação de um obstáculo para a listagem nos EUA. A ação subiu 13,07%, atingindo R$ 37,03.
O pacto com BNDESPar, maior acionista minoritário da JBS (20,8% de participação), garante que o banco não votará contra a dupla listagem. Em contrapartida, receberá uma remuneração futura caso as ações não se valorizem.
A JP Morgan avalia que a incerteza sobre o BNDES era o principal entrave para a listagem, anunciada há 1,5 anos. Com a postura do banco definida, a JBS deve aprovar a operação sem grandes dificuldades.
Em valuation, a JBS apresenta um desconto de 46% em relação à Tyson Foods. A JP Morgan reafirmou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 46.
O Bradesco BBI considera o anúncio positivo, eliminando o risco de bloqueio do BNDES. O banco prevê que a listagem nos EUA pode ocorrer mais cedo do que o esperado.
Atualmente, a JBS é negociada a 4,9 vezes o Valor da Firma (EV)/EBITDA 2025. O potencial de alta é de 50% e 149% em comparação com PPC e Tyson, respectivamente. O preço-alvo do BBI é R$ 48.
A XP Investimentos enfatiza que o acordo remove um impedimento para a dupla listagem, embora haja incertezas sobre a duração do acordo. A XP vê uma assimetria positiva nas ações, mesmo sem precificar a listagem dual.
A Genial Investimentos sugere que o acordo pode ser uma estratégia para superar resistência da SEC devido à concentração acionária. A corretora manteve a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 42,50.