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JBS lucra US$ 528,1 mi no 2T, alta de 60%, apesar do ambiente desafiador nos EUA

JBS registra lucro de US$ 528,1 milhões no segundo trimestre, impulsionado por subsidiárias, apesar de desafios no setor de carne bovina nos EUA. A companhia busca expandir suas operações e retomar mercados estratégicos enquanto enfrenta barreiras comerciais.

JBS registra lucro e receita recorde

A JBS (BDR: JBSS32), maior empresa de carnes do mundo, anunciou um salto no lucro do segundo trimestre e uma receita trimestral recorde de cerca de US$ 21 bilhões, apesar de desafios no setor.

No segundo trimestre, a empresa registrou lucro líquido de US$ 528,1 milhões, uma alta de 60,6% em relação ao ano anterior. Os resultados foram impulsionados pela subsidiária de frangos Pilgrims Pride e pelo bom desempenho da Seara no Brasil.

O CEO Gilberto Tomazoni destacou a fraqueza nos negócios de carne bovina nos EUA, que representam cerca de um terço das vendas da JBS, onde os preços do boi subiram.

Embora esse setor tenha apresentado margens negativas, outras áreas, como carne bovina brasileira e australiana, mostraram força. A margem Ebitda ajustada do segundo trimestre foi de 8,4%, com uma queda anual de 1,5 ponto percentual.

O Ebitda ajustado foi de US$ 1,75 bilhão, com uma queda de 7,4% em comparação ao ano anterior. O negócio de carne bovina na América do Norte teve Ebitda ajustado negativo de US$ 233 milhões, enquanto a Pilgrim’s registrou US$ 817,7 milhões.

A tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros está afetando os frigoríficos. JBS é responsável por 15% das exportações brasileiras de carne bovina para os EUA, que importaram 180 mil toneladas no primeiro semestre.

Por conta da tarifa, algumas fábricas no Brasil interromperam brevemente a produção, mas já retomaram suas atividades redirecionando produtos para outros mercados.

Apesar de desafios nos EUA, Tomazoni afirmou: “Está ruim nos EUA, está bom no Brasil, está bem na Austrália.” A Pilgrim’s e a Seara, mesmo com a gripe aviária, apresentaram margens ajustadas acima de 18%.

Tomazoni espera que a China e a União Europeia reabram as importações de carne de frango em breve, já que não há razões sanitárias para os mercados permanecerem fechados.

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