Jornalistas da Al Jazeera mortos em ataque de Israel são velados em Gaza
Jornalistas da Al Jazeera são homenageados em funerais na Faixa de Gaza após ataque israelense. ONU e organizações internacionais condenam a morte dos profissionais como uma violação do direito humanitário.
Funerais dos jornalistas da Al Jazeera ocorreram nesta segunda-feira (11) em Gaza, após ataque israelense que resultou na morte de cinco profissionais no domingo (10).
As vítimas, incluindo os correspondentes Anas al-Sharif e Mohammed Qreiqeh, estavam em uma tenda de imprensa atingida. O Exército de Israel confirmou a morte de Sharif, alegando que ele fazia parte do Hamas, o que a emissora nega.
Um sexto jornalista, Mohammed Al Khaldi, também foi relatado como morto. O escritório da ONU condenou o ataque como uma "grave violação" do direito humanitário internacional. O primeiro-ministro britânico expressou preocupação com a segurança dos jornalistas em Gaza.
Quase 200 jornalistas já morreram no conflito, e o Exército israelense publicou imagens de Sharif, associando-o ao Hamas. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas criticou essa abordagem.
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, e a Al Jazeera condenaram o ataque, considerando-o uma tentativa de silenciar vozes antes da ocupação de Gaza. A rede informou que dez correspondentes da emissora já foram mortos ao longo do conflito.
Em uma mensagem póstuma, Sharif pediu que "não esqueçam Gaza". A relação entre a Al Jazeera e Israel é tensa, com operações da emissora sendo encerradas por acusações de ameaçar a segurança nacional.
Enquanto isso, devido à crise humanitária em Gaza, países europeus estão reconhecendo a Palestina, incluindo Portugal e Espanha, enquanto aliados de Israel consideram seguir esse exemplo se a situação piorar.