JPMorgan ajusta expectativas para shoppings e não vê gatilhos de curto prazo; entenda
JPMorgan revisa previsões para shoppings brasileiros, mantendo recomendações neutras enquanto projeta impactos do cenário de juros altos. A expectativa de maior valorização do setor após o último aumento da Selic sugere oportunidades futuras para investidores.
JPMorgan revisa estimativas para shoppings brasileiros e mantém recomendações neutras para ações do setor.
Apesar de uma avaliação atrativa entre 8-11 vezes o preço sobre o fluxo de caixa operacional (P/FFO) para este ano, o banco não vê gatilhos de curto prazo para reavaliação do setor.
As projeções de fluxo de caixa por ação (FFOPS) foram reduzidas em 0-4% devido ao custo de dívida elevado pela Selic alta e maior alavancagem de empresas como Multiplan e Iguatemi.
A Selic deve se manter alta, com dois aumentos de 50 pontos-base previstos para maio e junho, atingindo 15,25%.
Os preços-alvo para dezembro de 2025 foram reduzidos em 3-4%. A ordem de preferência do JPMorgan é: Multiplan, Iguatemi e Allos.
O banco favorece construtoras em relação a shoppings, prevendo resultados mais positivos no setor de construção.
Historicamente, os shoppings superaram o Ibovespa em todos os ciclos de flexibilização monetária, com desempenho 21 pontos percentuais acima em 12 meses, sugerindo valorização após último aumento da Selic.
Desde o início do ciclo de alta da Selic, ações de shoppings caíram 14-15%, em contraposição ao recuo de 2% do Ibovespa.
O JPMorgan projeta um crescimento do PIB de 2,2% para este ano, com correlação entre crescimento do PIB e vendas diminuindo após a pandemia.
Para Iguatemi, a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 26. A aquisição de participações em shoppings deve aumentar a receita, mas o ambiente macroeconômico gera incertezas.
Allos também recebe recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 26. O desempenho das ações é limitado pela conjuntura macroeconômica e riscos de desempenho abaixo do esperado.
A recomendação para Multiplan é neutra, com destaque para a qualidade do portfólio, mas o cenário macroeconômico pode impactar seu desempenho. O preço-alvo é de R$ 31.