Juiz determina que Boeing seja julgada em caso relacionado a dois acidentes fatais com 737 Max

Juiz federal no Texas ordina julgamento da Boeing

Um juiz federal no Texas **marcou para 23 de junho** o julgamento da Boeing Co. em um caso criminal relacionado a **dois acidentes fatais** com o 737 Max. A decisão foi anunciada pelo juiz distrital Reed O'Connor, sem explicações.

A ordem ocorre após o Wall Street Journal relatar que a Boeing busca **clemência do Departamento de Justiça dos EUA**, em negociações sobre um acordo de confissão de culpa que foi **rejeitado em dezembro**.

O'Connor havia dado **extensões** para a Boeing e os advogados do governo, permitindo negociações sobre um novo acordo, mas resolveu **anular o prazo** e determinar o julgamento.

A Boeing e o Departamento de Justiça continuam em discussões, segundo uma porta-voz da empresa. O Departamento de Justiça, no entanto, se **recusou a comentar**.

Até o momento, a Boeing evitou **processos criminais** relacionados aos acidentes de 2018 e 2019, que resultaram em **346 mortes**. Apenas um funcionário da Boeing foi julgado, e foi **absolvido**.

Em 2021, a Boeing aceitou um acordo para adiar o processo criminal, mas o governo alegou em maio que a empresa **violou o acordo**. Uma **explosão** de um jato 737 Max em 2024 levou à recomendação de uma acusação criminal.

A Boeing previamente concordou em se declarar **culpada de conspiração** e pagar uma multa significativa, mas o acordo foi rejeitado pelo juiz, que questionou a **linguagem** sobre diversidade que fazia parte do acordo.

Familiares das vítimas pediram ao governo que buscasse uma **responsabilização mais rigorosa** da Boeing. Advogados representando essas famílias afirmaram que a Boeing não pode ter defesa e que um **julgamento pode ser desastroso** para a empresa.

O caso é EUA v. Boeing, 21-cr-005, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Norte do Texas (Fort Worth).