Juiz dos EUA manda soltar ativista preso por protestos pró-Palestina
Liberdade de expressão em destaque, Khalil é libertado após contestação legal. O juiz argumentou que a detenção violava os direitos do ativista, que se opõe às políticas do governo Trump.
Juiz dos EUA ordena libertação de ativista
Um juiz federal dos EUA, Michael Farbiarz, decidiu nesta sexta-feira (20) que Mahmoud Khalil, ex-estudante da Universidade Columbia, deve ser libertado da custódia do serviço de imigração.
Essa decisão é uma vitória para grupos de direitos civis que contestavam a perseguição ilegal do governo Trump a Khalil, um ativista pró-Palestina.
Khalil foi preso em sua residência universitária em 8 de março durante protestos contra as ações de Israel na Faixa de Gaza. Trump havia classificado esses protestos como antissemitas e ameaçado deportar estudantes estrangeiros que participassem.
Com residência permanente nos EUA, Khalil alega que sua prisão viola a Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão.
O juiz determinou em 11 de junho que a detenção de Khalil violava seus direitos, mas em 13 de junho não liberou o ativista devido a uma acusação de omissão de informações no pedido de green card.
Os advogados de Khalil negam as acusações e destacam que raramente ocorrem detenções por esse motivo. Em 16 de junho, eles solicitaram a libertação sob fiança ou transferência para um centro de detenção mais próximo de sua família.
Os representantes do governo argumentaram que o pedido deveria ser direcionado a um juiz de imigração responsável pelo caso, e não a Farbiarz.
Khalil, de 30 anos, tornou-se residente permanente em 2022. Sua esposa e filho são cidadãos americanos. Ele foi impedido de estar presente no nascimento do filho, que ocorreu a mais de 1.600 km de distância.
Apesar de ser portador de um green card, Khalil não enfrenta acusações de crime. Sua detenção é justificada pelo governo como contrária aos interesses de segurança nacional e política externa dos EUA.
Khalil foi uma das figuras principais nos protestos da Universidade Columbia, criticados por Trump durante sua campanha eleitoral.