Juiz ordena que imigrante deportado por engano para prisão em El Salvador retorne aos EUA
A decisão judicial marca um passo importante na luta de Jennifer Vasquez Sura pelo retorno de seu marido, que enfrenta sérios riscos em El Salvador. Kilmar Abrego Garcia, deportado por engano, já havia conseguido proteção contra a deportação devido a ameaças de gangues em seu país natal.
Juiz federal dos EUA ordena retorno de imigrante salvadorenho deportado por engano
Um juiz federal determinou que o governo americano deve providenciar o retorno imediato de Kilmar Abrego Garcia, um imigrante salvadorenho deportado indevidamente para El Salvador.
Morador de Maryland e com status migratório regularizado, a decisão ocorreu após protestos liderados por sua esposa, Jennifer Vasquez Sura, cidadã americana.
Kilmar foi deportado pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) apesar de uma decisão de 2019 que impedia sua expulsão devido ao risco de perseguição por gangues. Ele foi acusado de pertencer à gangue MS-13 e detido em uma prisão de El Salvador.
Jennifer, em um protesto, expressou seu sofrimento e apoio a outras famílias em situação similar: "É uma jornada que ninguém jamais deveria ter que sofrer."
Desde a deportação, não há contato entre o casal. Ela afirmou: "Se eu tivesse todo o dinheiro do mundo, eu gastaria tudo para ouvir a voz do Kilmar de novo."
O governo dos EUA afirma que não tem jurisdição sobre o caso, mas os advogados de Garcia contestam as acusações de pertencer à gangue, que se baseiam em informações de uma fonte confidencial.
O advogado Simon Sandoval-Moshenberg destacou que Kilmar tinha autorização legal para trabalhar, atuava como aprendiz e buscava obter licença profissional. Ele havia fugido de El Salvador em 2011 por ameaças de gangues e obteve proteção em 2019, sem contestação do ICE.
Após sua liberação, Kilmar se casou com Jennifer, e o casal tem um filho e cuida de outros dois filhos dela. A campanha para reunificar a família seguirá nos tribunais em Greenbelt, Maryland.