Juíza decide que chinesa Huawei deve responder a acusações criminais nos EUA
Decisão mantém acusações contra a Huawei, ligando a empresa a crimes de extorsão e fraude. O julgamento está previsto para iniciar em maio de 2026.
Juíza rejeita pedido da Huawei para encerrar acusações federais de roubo de segredos tecnológicos e fraude.
Nesta terça-feira (1º), a juíza Ann Donnelly, do Brooklyn, decidiu que as alegações contra a Huawei são suficientes para prosseguir. As acusações incluem crimes de extorsão e roubo de segredos comerciais de seis empresas.
A Huawei é acusada de fraude bancária relacionada ao seu controle sobre a Skycom, uma empresa de Hong Kong que operava no Irã, beneficiando-se de mais de US$ 100 milhões em transferências financeiras nos EUA.
A empresa se declarou inocente, alegando ser um alvo injusto de acusações e tentando rejeitar 13 das 16 acusações.
Julgamento agendado para 4 de maio de 2026, podendo durar vários meses.
O caso teve início em 2018, durante o governo de Donald Trump, com a “Iniciativa China” do Departamento de Justiça.
A diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi detida no Canadá por quase três anos, mas as acusações contra ela foram retiradas em 2022.
O governo Biden encerrou a “Iniciativa China” em 2022, após críticas sobre discriminação racial.
A Huawei, com sede em Shenzhen e cerca de 208.000 funcionários, nega representar ameaças à segurança nacional e enfrenta restrições de acesso à tecnologia americana desde 2019.