Juiza que se opôs a máscara durante a pandemia recebe nova aposentadoria
A aposentadoria compulsória da juíza ocorre após uma série de controvérsias e processos paralisados sob sua responsabilidade. A decisão do CNJ reflete a gravidade dos problemas na atuação de Ludmila Lins Grilo, que também enfrenta investigações em segredo de Justiça.
CNJ aposenta juíza Ludmila Lins Grilo compulsoriamente, que atua no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A magistrada, que apoiou Jair Bolsonaro em 2018 e criticou tribunais superiores, incentivou a não utilização de máscaras durante a pandemia, gerando controvérsias.
Ludmila já havia sido aposentada compulsoriamente em maio de 2023 após ofensas a desembargadores. O CNJ e o TJ-MG conduzem processos sigilosos relacionados a ela. A nova decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico.
Atualmente, a juíza encontra-se nos Estados Unidos e não forneceu endereço ao tribunal.
O caso chegou ao CNJ em agosto de 2022, após arquivamento de uma denúncia anônima. O corregedor Luís Felipe Salomão criticou essa decisão, e uma correição revelou 1.291 processos paralisados sob sua responsabilidade.
Ludmila não participou da audiência virtual para seu interrogatório. O relator Caputo Bastos votou a favor da segunda aposentadoria, com apoio dos demais membros do colegiado.
Em sua defesa, a juíza afirmou estar sofrendo ameaças e planeja levar o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Um pedido de providências contra ela foi arquivado em 2020 por falta de evidências.
Publicado por Sarah Paula
Reportagem produzida com auxílio de IA