Julgar para virar a página
O Supremo Tribunal se prepara para julgar o núcleo central da tentativa de golpe de 8 de Janeiro, envolvendo figuras proeminentes da política brasileira. Expectativas crescem quanto à duração do julgamento e à busca por pacificação nacional em meio a tensões políticas.
Julgamento da tentativa de golpe de 8 de Janeiro está iminente, com o Supremo Tribunal prestes a decidir sobre um grupo de réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e vários ex-ministros de seu governo.
Mais de 700 golpistas já foram condenados pelos mesmos fatos. As defesas atuais contestam a participação de cada acusado, enquanto algumas provas foram produzidas pelos próprios investigados.
A instrução final do processo se encerrou esta semana. O relator, ministro Alexandre de Moraes, pode levar o caso a julgamento a qualquer momento; a data ainda será definida pelo presidente da 1ª Turma, ministro Zanin.
O julgamento deve durar 3 dias, com 8 horas dedicadas à sustentação oral. A pressão para finalizar o processo é alta, devido a constantes ameaças à Corte, com o clima de tensão podendo levar a consequências imprevisíveis.
As prisões de Bolsonaro e do general Braga Netto ocorreram sem os temidos tumultos ou paralisações previstas por extremistas bolsonaristas, indicando um retorno à normalidade do processo penal democrático.
A sociedade, cansada da violência e do clima de insegurança, aguarda a finalização do julgamento e a garantida da soberania das instituições.
“A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos” — Montesquieu.