Juliana Marins ficou viva por mais de 30 horas antes de sofrer segunda queda mortal, aponta perícia
Juliana Marins enfrentou intensa dor e sofrimento após a primeira queda, mas ficou viva por mais de 30 horas até a segunda queda fatal. O laudo da necrópsia revelou a gravidade dos traumas e as condições adversas que contribuíram para sua morte.
Juliana Marins, de 26 anos, morreu após sofrer duas quedas em uma trilha na Indonésia. A informação foi divulgada na sexta-feira (11) por peritos que realizaram a necrópsia.
Na primeira queda, de 61 metros, Juliana teve uma lesão grave na perna, resultando em fratura do fêmur e possível lesão na pelve. De acordo com o perito Nelson Messina, a morte foi "agônica e sofrida". Ela sobreviveu por mais de 30 horas antes de sofrer um segundo impacto.
O resgate durou mais de quatro dias. Os pais de Juliana contestaram os laudos da Indonésia e pediram uma nova necrópsia no Brasil, que foi realizada no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto. O laudo brasileiro apontou que a causa da morte foi hemorragia interna devido a lesões poliviscerais e politraumatismo.
Os peritos estimam que Juliana sobreviveu por no máximo 15 minutos após o segundo impacto. O laudo reforça que fatores como estresse extremo, isolamento e ambiente hostil podem ter contribuído para sua desorientação.
A primeira queda ocorreu no dia 21 de junho, mas seu corpo foi resgatado apenas no dia 24. Parentes de Juliana criticaram a demora e a falta de empenho das autoridades indonésias no resgate, além de relatar a falta de estrutura de apoio no parque do Monte Rinjani.
*Com informações do Estadão Conteúdo