Juro alto e Bolsa barata atraem capital estrangeiro para o Brasil e derrubam dólar. Entenda
Dólar atinge menor valor em quase um ano devido a expectativas de juros mais altos no Brasil e cortes nos Estados Unidos. O Ibovespa segue o movimento otimista, renovando suas máximas com a entrada de capital estrangeiro.
Dólar comercial caiu 0,43% ontem, para R$ 5,647, marcando sua sétima queda consecutiva. Este é o menor patamar desde 14 de outubro do ano passado.
A perspectiva de juros mais altos no Brasil e menores nos EUA, após o Federal Reserve manter a taxa entre 4,25% e 4,5%, beneficiou o real. A decisão do BC americano indicada de um corte de 0,50 ponto percentual animou o mercado brasileiro.
O Ibovespa subiu 0,73%, atingindo 132.508 pontos, renovando a máxima do ano. Investimentos em títulos brasileiros tornam-se mais atrativos, atraindo capital estrangeiro e fortalecendo o real.
Segundo analistas, a recuperação do real é impulsionada pela entrada de recursos estrangeiros. O acumulado de 2025 já registra superávit de R$ 13,16 bilhões em ações da B3, após um saldo negativo em 2024.
- O dólar baixo torna a taxa de juros menos atraente, impulsionando a Bolsa.
- Vendas de participação da Cosan na Vale foram vistas como ponto de virada para investidores.
A política comercial de Donald Trump e suas tarifas instáveis levaram a perdas nas Bolsas americanas, favorecendo o Brasil com a migração de ativos. China e Índia também enfrentam saídas de capital.
Apesar do bom início de 2025, analistas alertam que ainda é cedo para celebrar, sem evidências suficientes de mudança no cenário macroeconômico.