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Juro alto manterá ofertas de ações ‘baixíssimas ou nulas’ no 2º semestre, prevê o CEO do Itaú

Expectativa do CEO é que o mercado de capitais continue em baixa, com redução de 20% a 30% nas emissões de dívida e possibilidade de ofertas de ações quase nulas. A eficiência e a diversificação de negócios se tornam essenciais para o Itaú em meio a um cenário competitivo e desfavorável.

CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, prevê um mercado de capitais fraco devido à alta taxa de juros. Espera-se que a renda fixa registre volumes 20% a 30% menores no segundo semestre em comparação ao ano passado.

As ofertas de ações podem ser "baixíssimas ou nulas". Maluhy aponta que o Brasil completou quatro anos sem ofertas iniciais de ações (IPO).

Em relação aos follow-ons, as expectativas são de operações pontuais, com o mercado de crédito privado em retração.

As receitas do Itaú com assessoria financeira e corretagem caíram 39% no segundo trimestre em relação ao ano passado.

Sobre as tarifas de Donald Trump, Maluhy declarou que não há impacto relevante na carteira de crédito do banco. O banco de investimento está enfrentando uma queda em receitas devido à fraca dinâmica do mercado de ações e na renda fixa.

A taxa de inadimplência do crédito consignado privado aumentou, embora o Itaú mantenha um bom share na produção. Maluhy disse que o mercado é promissor, mas ainda está em evolução.

Sobre as PMEs, a inadimplência pode aumentar, mas sem efeito significativo. O custo do crédito permanece estável.

Maluhy reafirmou a meta de retorno (ROAE) acima de 20% e destacou a mudança na rentabilidade entre atacado e varejo, com o varejo superando o atacado pela primeira vez.

O índice de eficiência do banco alcançou 37,4%, o melhor da série histórica. O Itaú planeja a distribuição de dividendo adicional ano que vem e está focado em fusões e aquisições (M&A).

O Índice de Capital Principal encerrou o segundo trimestre em 13,1% e o banco realizou recompra de títulos de dívida perpétua no valor de US$ 1,5 bilhão.

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