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Juro deveria ter sido maior na crise de Dilma, e Copom precisa seguir vigilante, dizem ex-BCs

Copom eleva a Selic para 14,25% ao ano, igualando-se a níveis da crise de 2015. Especialistas apontam diferenças significativas na conjuntura econômica atual, embora a preocupação fiscal persista.

Taxa Selic atinge 14,25% novamente

O Copom elevou a taxa básica de juros (Selic) para 14,25% ao ano, mesmo nível da crise do governo Dilma Rousseff. A comparação destaca semelhanças na preocupação fiscal, mas as condições econômicas são diferentes.

Em 2015-2016, o Brasil enfrentava estagflação: recessão e alta de preços. Atualmente, a economia está forte, com desemprego baixo e inflação acima do teto, mas em níveis menores.

Ex-diretores do Banco Central afirmam que a política monetária anterior foi insuficiente para conter a inflação. Tony Volpon considera que a preocupação fiscal e a deterioração das expectativas de inflação são similares entre os períodos, embora a conjuntura seja distinta.

  • Em 2015, a taxa ficou fixa em 14,25%, enquanto o PIB caiu 3,5% e a inflação subiu 10,67%.
  • O Copom permaneceu otimista quanto à recuperação após ajustes, mas a recessão não era antecipada.

Volpon e outros economistas indicam que a política monetária poderia ter sido mais rigorosa em 2015. Reinaldo Le Grazie critica a gestão anterior, que poderia ter evitado a recessão com uma política monetária mais adequada entre 2013 e 2014.

Atualmente, apesar do mesmo nível da Selic, a situação econômica é vista como mais favorável, com expectativa de crescimento, embora o Copom deva continuar vigilante quanto a possíveis deslizes que possam inflacionar o cenário.

  • Projeção de inflação para 2024 é de 5,1%, acima do teto da meta.
  • O IPCA acelerou para 5,06% em fevereiro.
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