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Juro futuros sobem no Brasil em sintonia com os Treasuries

Taxas de DIs registram alta em meio à pressão dos Treasuries e expectativas sobre a Selic. Mercado aguarda leilão de títulos do Tesouro enquanto debates sobre o IOF continuam.

Taxas dos DIs sobem em quarta-feira devido ao aumento dos rendimentos dos Treasuries e movimentos técnicos na curva brasileira. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, reafirmou a visão sobre a Selic.

A taxa do DI para janeiro de 2027 fechou em 14,12%, subindo de 14,107%. A taxa para janeiro de 2028 foi para 13,33%, de 13,29%.

No prazo longo, a taxa para janeiro de 2031 chegou a 13,21%, ante 13,167%, e para janeiro de 2033 em 13,27%, de 13,239%.

No início do dia, as taxas futures oscilaram em baixa, após o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrar a perda de 33.000 vagas no setor privado dos EUA. Economistas esperavam um aumento de 95.000 empregos.

Esses dados reforçaram as expectativas de cortes nas taxas pelo Federal Reserve no fim de julho. Contudo, após o primeiro impacto, as taxas ficaram positivas na curva brasileira.

Operadores notaram uma pressão técnica para a abertura da curva, com agentes comprando taxas para se proteger para o leilão de títulos do Tesouro Nacional na quinta-feira.

Além disso, há tensões entre governo e Congresso sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A AGU entrou com ação no STF sobre o decreto que eleva alíquotas do IOF, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a discussão é jurídica, não política.

Perto do fechamento, a curva brasileira indicava quase 100% de chances de manutenção da Selic em 15% no fim de julho. Na última terça, havia 88% de chances de manutenção e 7,91%

Durante evento em São Paulo, Nilton David reiterou que o Banco Central precisará de tempo para observar a inflação, com a meta de 3% sendo uma prioridade.

Às 16h37, o rendimento do Treasury de dez anos subia 4 pontos-base, alcançando 4,293%.

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