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Juros curtos caem e longos sobem com IBC-Br e tarifas dos EUA

A aversão a risco global e a escalada da guerra comercial impactam as taxas de juros futuros no Brasil. O cenário se agrava com a possibilidade de retaliações econômicas por parte do governo brasileiro.

Juros futuros de longo prazo fecharam pressionados pela aversão a risco global devido à escalada da guerra comercial, após o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentar tarifas de importações do México e da União Europeia para 30%.

Taxas de curto prazo tiveram queda após o recuo do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de maio, mas a piora dos mercados afetou essa região também.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2026 encerrou estável a 14,94%; o DI de janeiro de 2027 cedeu de 14,325% para 14,285%; o de janeiro de 2029 oscilou de 13,465% para 13,47%; e o de janeiro de 2031 subiu de 13,59% a 13,65%.

Nos EUA, as Taxas Treasuries aumentaram, com a T-note de dez anos subindo de 4,412% a 4,438% e a T-bond de 30 anos de 4,957% para 4,980%.

Após anunciar a tarifa de 50% sobre importações do Brasil, Trump confirmou a sobretaxa de 30% a produtos mexicanos e de membros da UE a partir de 1° de agosto.

Há expectativa de que o Brasil responda com uma tarifa de 50%, conforme anunciado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

De acordo com a Mapfre Investimentos, a retaliação do Brasil é uma preocupação, pois pode aumentar a inflação e pressionar a taxa de câmbio.

A forte queda de 0,74% do IBC-Br em maio superou a projeção de recuo de 0,1%, indicando uma possível perda de fôlego na economia. Espera-se que a taxa Selic permaneça em 15% até o fim do ano, embora existam riscos de um corte antecipado.

Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, vê riscos de uma redução no primeiro trimestre de 2026, com taxa Selic de 12,75% no final de 2024.

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