Juros de curto prazo sobem em reação a falas de Powell e antes do Copom
Juros futuros têm leve alta com expectativas divididas para a Selic, enquanto investidores aguardam decisão do Copom. A influência dos Estados Unidos e a pressão inflacionária marcam o cenário econômico atual.
Juros futuros fecharam em leve alta após comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a manutenção dos juros nos EUA entre 4,25% e 4,5%.
Expectativa de mercado se divide entre manter a taxa Selic em 14,75% ou aumentar em 0,25 ponto percentual.
Taxas de contratos DI apresentaram as seguintes variações:
- Janeiro 2026: de 14,865% para 14,87%
- Janeiro 2027: de 14,24% para 14,25%
- Janeiro 2029: de 13,555% para 13,505%
- Janeiro 2031: de 13,68% para 13,66%
Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries subiram, com a T-note de dez anos indo de 4,388% a 4,396%.
A mensagem do Fomc destaca a incerteza causada pela guerra comercial e conflitos no Oriente Médio, justificando a manutenção dos juros.
Powell ressaltou a necessidade de evitar que a inflação pontual se torne permanente, destacando os desafios com tarifas e seus impactos nos preços.
No Brasil, há uma expectativa cautelosa sobre a decisão do Copom. O J.P. Morgan acredita que o mercado subestima o ciclo de corte de juros, projetando uma Selic de 10,50% até o final do próximo ano.
Estratégistas do J.P. Morgan defendem que a baixa volatilidade do real e uma estabilização das expectativas de inflação podem levar a taxas mais baixas no futuro.