HOME FEEDBACK

Juros futuros curtos caem e longos sobem em ajustes após Copom; entenda movimento

Mercado reage à alta da Selic com ajustes nas taxas dos DIs, refletindo novas expectativas para a política monetária. Investidores se posicionam para um possível ciclo de cortes apenas em 2026, após comunicados do Banco Central.

São Paulo (Reuters) – Na primeira sessão após a elevação da Selic para 15% ao ano pelo Copom, as taxas dos DIs apresentaram alta significativa nos prazos mais curtos e queda nos vencimentos longos. Isso ocorreu enquanto investidores ajustavam posições na curva a termo após a mensagem firme do Banco Central sobre o controle da inflação.

O vencimento mais negociado foi o DI para julho de 2025, que subiu 11 pontos-base, atingindo 14,901%. Investidores que previa a manutenção da Selic se desfizeram de posições, incorrendo em prejuízos.

Houve também ajustes importantes nas taxas até janeiro de 2026, refletindo a expectativa de que a Selic se manterá em 15,00% pelo menos até o início de 2024. No fim da tarde, o DI para janeiro de 2026 estava em 14,955%, ante 14,866% do ajuste anterior.

A decisão do Copom de elevar a Selic em 25 pontos-base surpreendeu o mercado, que estimava 61,50% de chances de nova alta e 38,00% de manutenção. O BC comunicou que irá avaliar os impactos da decisão, mas não descartou novos aumentos se necessário.

O BC também impactou a percepção de que um novo ciclo de cortes na Selic ocorrerá apenas em 2026, com expectativas mais para o fim do primeiro trimestre ou início do segundo.

Entre os contratos longos, a taxa para janeiro de 2031 subiu 18 pontos-base, para 13,53%, e para janeiro de 2033, para 13,61%.

O recuo das taxas longas no Brasil foi impulsionado pela queda dos rendimentos dos Treasuries, com o governo dos EUA adiando uma decisão sobre intervenção no conflito com o Irã. Às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos caía 2 pontos-base, a 4,379%.

Leia mais em infomoney