Juros futuros fecham em alta em dia de ata do Copom
A alta das taxas dos DIs reflete a interpretação do mercado sobre a ata do Copom, que sinaliza novos aumentos na Selic. O dólar tem queda firme ante o real, influenciando o cenário econômico.
Mercado de DIs registra alta após divulgação da ata do Copom
As taxas dos DIs (Depósito Interfinanceiro) experimentaram uma recuperação durante a tarde, após um início em baixa. O Copom sinalizou uma postura dura em relação à inflação em sua ata, resultando na valorização do real frente ao dólar.
No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 15,125%, e a taxa para janeiro de 2027 subiu para 15,03%.
O Banco Central havia recentemente aumentado a Selic em 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, e indicou a possibilidade de novo aumento em maio, mas com menor intensidade. O documento reforçou a necessidade de uma restrição monetária prolongada devido à incerteza em relação à inflação.
A analista da Empiricus Research, Laís Costa, destacou que a ata foi mais dura do que esperado, aumentando as apostas de uma alta de 75 pontos-base em maio. A queda do dólar e a redução nas taxas dos DIs influenciaram o clima no mercado.
Os profissionais do mercado observaram que a queda dos rendimentos dos Treasuries nos EUA também contribuiu para a baixa das taxas futuras no Brasil. Na manhã seguinte, havia uma expectativa de 67% de chance de alta de 50 pontos-base na Selic em maio.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a reforma tributária, que ampliou as exceções de pagamento de impostos. Ele acredita que isso poderá ser reavaliado até 2032.
Às 16h44, os rendimentos dos Treasuries dos EUA continuavam em baixa, após dados fracos sobre a confiança do consumidor.