Juros futuros longos sobem de olho em prisão de Bolsonaro, ata do Copom e exterior
Mercados reagem à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e à cautela do Copom. A volatilidade se intensifica com os comentários de Donald Trump e o avanço das taxas em Treasuries americanos.
Juros futuros de longo prazo sobem no início da sessão desta terça-feira, refletindo cautela dos investidores.
A razão é a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Além das consequências políticas, existem receios sobre a reação do presidente dos EUA, Donald Trump, que criticou a decisão de Moraes.
A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou uma postura conservadora, pressionando a curva a termo.
Os Treasuries americanos também estão em alta, contribuindo para a abertura moderadamente negativa dos juros futuros.
Por volta das 9h30, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentavam os seguintes dados:
- DI de janeiro de 2026: estável a 14,91%
- DI de janeiro de 2027: oscilava de 14,155% para 14,15%
- DI de janeiro de 2029: subia de 13,35% a 13,395%
- DI de janeiro de 2031: avançava de 13,57% para 13,63%
Nos EUA, a taxa da T-note de dez anos subia de 4,197% a 4,214%; e a do título de 30 anos do Tesouro americano aumentava de 4,796% a 4,807%.