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Juros futuros longos sobem e curva ganha inclinação com tensão comercial

Mercado de juros futuros apresenta alta nos vértices de longo prazo, refletindo aumento de prêmio de risco em meio a tensões comerciais. Expectativas de uma política monetária menos conservadora do Banco Central continuam a influenciar a curva de juros.

Juros futuros: O mercado apresentou avanco significativo nos vértices de longo prazo, devido ao aumento das tensões comerciais com as tarifas dos EUA e a retaliação da China.

A curva de juros futuros ganhou inclinação, enquanto as taxas de curto prazo se mantiveram estáveis, impulsionadas pela expectativa de uma política monetária menos conservadora do Banco Central.

Taxas de DI ao final do pregão:

  • DI janeiro 2026: alta de 14,69% para 14,70%
  • DI janeiro 2027: recuo de 14,235% para 14,215%
  • DI janeiro 2029: alta de 14,08% para 14,165%
  • DI janeiro 2031: alta de 14,375% para 14,48%

Nos EUA, os Treasuries interromperam o recente rali, com taxas de longo prazo subindo. A taxa da T-note de dez anos foi de 4,009% para 4,183%.

O mercado brasileiro permanece cauteloso quanto ao impacto das tarifas americanas e o cenário inflacionário. As expectativas de inflação estão desancoradas, limitando o alívio nas taxas de juros.

Os vértices longos da curva a termo estão agora incorporando um prêmio de risco elevado, após a ameaça de Trump de aumentar tarifas para 50% caso a China não recuasse.

Em relatório, o Morgan Stanley destacou que uma desaceleração da atividade global poderia levar a cortes nas taxas pelo Banco Central antes de 2026, além de uma possível expansão fiscal.

A chefe de estratégia macroeconômica do banco, Ioana Zamfir, afirmou que os atuais níveis de taxas são "extremamente atrativos" e não condizem com os riscos de crescimento global.

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