Juros futuros recuam após dados de inflação moderados nos EUA
Taxas de DIs caem com expectativas de cortes nos juros pelo Federal Reserve. Dados de inflação nos EUA e do IPCA no Brasil reforçam a tendência de afrouxamento monetário.
Taxas dos DIs fecharam em baixa nesta terça-feira, com quedas acentuadas em contratos de curto prazo.
Os investidores reagiram a cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve após dados de inflação moderados nos EUA.
No fim da tarde:
- DI para janeiro de 2027: 13,97%, queda de 11 pontos-base
- DI para janeiro de 2028: 13,21%, queda de 10 pontos
- DI para janeiro de 2031: 13,36%, redução em relação a 13,402%
- DI para janeiro de 2033: 13,5%, queda de 13,521%
O destaque foi o relatório de inflação ao consumidor dos EUA, com alta de 0,2% em julho, abaixo do ganho de 0,3% em junho. O índice anual manteve-se em 2,7%.
Analistas acreditam que esses dados oferecem espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro, em meio a números de emprego fracos.
O rendimento do Treasury de dois anos caiu para 3,731%, refletindo apostas de juros mais baixos.
No Brasil, com os cortes potenciais do Fed, o Banco Central tem mais espaço para reduzir a taxa Selic, impactando as taxas de juros futuras.
Adicionalmente, o IBGE divulgou dados do IPCA de julho: alta mensal de 0,26% e anual de 5,23%, ambos abaixo do esperado.
A inflação ainda está distante da meta de 3%, mas mostra sinais de moderação, permitindo possíveis cortes futuros.
O foco nos indicadores ofuscou o impasse comercial entre Brasil e EUA, após a desmarcação de reunião sobre tarifas, atribuída ao deputado Eduardo Bolsonaro.
O governo deve anunciar um plano de contingência para empresas afetadas pela taxação esta semana.