Juros futuros recuam em meio a alívio do mercado com impasse entre Brasil e EUA
Taxas de DIs registram queda em meio a alívio em relação ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos. Mercado permanece cauteloso, aguardando conversas entre ministros e estratégias do governo para enfrentar possíveis impactos das tarifas.
Taxas dos DIs fecharam em queda nesta quinta-feira, com perdas acentuadas em contratos de prazos longos, devido ao alívio no impasse comercial entre Brasil e EUA.
No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 14,08%, queda em relação ao 14,145% do dia anterior. Para janeiro de 2028, a taxa caiu para 13,365%.
Entre contratos longos:
- Janeiro de 2031: 13,46%, queda de 13 pontos-base.
- Janeiro de 2033: 13,58%, com queda de 13 pontos.
Desde a ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o mercado se mantém atento às novidades sobre a questão comercial. Apesar da cautela, os investidores estão aliviados com a perspectiva do impasse, mesmo após a entrada em vigor das tarifas.
A conversa agendada entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário dos EUA, Scott Bessent, para quarta-feira, gerou otimismo. Contudo, o mercado aguarda o plano de contingência do governo brasileiro para mitigar efeitos das tarifas.
João Duarte, especialista da One Investimentos, destaca que o mercado é cauteloso, observando os riscos de novas tarifas dos EUA.
Além disso, são analisados os comentários de Nilton David, diretor de Política Monetária do Banco Central, que afirmou que a alta da Selic foi interrompida, mas o plano para combater a inflação avança como esperado.
No cenário externo, as tarifas de Trump começaram a vigorar, levando os agentes a considerarem cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro. O rendimento do Treasury de dois anos subiu para 3,72%.