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Juros futuros recuam em pregão com foco no exterior

Expectativas de corte de juros nos EUA impulsionam queda das taxas de juros futuros no Brasil. Tensão no Oriente Médio e comentários do Fed conduzem o mercado em um dia sem novidades locais.

Juros futuros encerraram em queda moderada nesta segunda-feira, sob influência de fatores externos. O foco do mercado esteve nas tensões da guerra no Oriente Médio e comentários do Federal Reserve (Fed), que indicaram a possibilidade de um corte de juros nos EUA no próximo mês.

A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 teve leve recuo para 14,955%. Outros vencimentos também registraram queda:

  • DI janeiro 2027: de 14,28% para 14,255%
  • DI janeiro 2029: de 13,41% para 13,375%
  • DI janeiro 2031: de 13,53% para 13,51%

Em Nova York, os rendimentos dos Treasuries também caíram, com a T-note de dez anos fechando em 4,358%.

A sessão no Brasil foi guiada por fatores externos, com a retaliação iraniana aos EUA sendo apenas simbólica, permitindo um alívio nas taxas. As falas de membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), especialmente de Michelle Bowman, alimentaram a expectativa de cortes nos juros americanos, impactando o mercado brasileiro.

O Banco Safra prevê a primeira redução da Selic ainda em 2023, com expectativa de encerramento em 14,50% em 2025. Eles acreditam que a moderação da inflação permitirá o início de cortes em dezembro, mesmo após o BC manter a Selic em patamar restritivo.

Uma simulação do modelo do BC pelo Safra sugere que, se a Selic permanecer em 15%, a inflação ficará ligeiramente abaixo da meta (3%). A equipe conclui que haverá espaço para reduções no final deste ano, com cortes continuando até chegar a 11,50% em 2026.

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