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Juros futuros sobem em dia de ruídos e desmentidos sobre pacote fiscal do governo

Taxas de DIs sobem após especulações sobre medidas fiscais do governo, apesar de desmentidos do ministro da Fazenda. Dados do varejo brasileiro indicam crescimento econômico, pressionando a inflação e influenciando o mercado financeiro.

Taxas dos DIs encerram em alta na quinta-feira, impulsionadas por especulações sobre um pacote de medidas do governo para aumentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano eleitoral. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu o pacote, mas as taxas continuaram a subir.

A taxa do DI para janeiro de 2026 ficou em 14,805%, e a de janeiro de 2029 em 13,715%, alta de 6 pontos-base sobre o ajuste anterior.

Os contratos mais longos, como janeiro de 2031 e janeiro de 2033, apresentaram leves mudanças. A venda no varejo subiu 0,8% em março, apesar de ficar abaixo da expectativa de 1,0%, atingindo o maior nível da série histórica desde 2000.

A analista Laís Costa da Empiricus Research afirmou que isso sugere que o PIB no primeiro trimestre será revisado para cima, reforçando a percepção de uma economia forte.

Após especulações, Haddad disse que as únicas medidas em discussão são pontuais para cumprir a meta fiscal, negando que há pressão para novas iniciativas. A proposta de reajuste do Bolsa Família de R$600 para R$700 foi refutada.

Embora o dólar tenha perdido força após os comentários de Haddad, as taxas dos DIs permaneceram elevadas. A taxa do DI para janeiro de 2027 chegou a 14,22%.

Perto do fechamento, havia uma probabilidade de 57% de manutenção da Selic em junho e 43% de uma elevação de 25 pontos-base, com a Selic atualmente em 14,75%% ao ano.

Os ruídos fiscais dominaram o mercado, mesmo com a queda dos rendimentos dos Treasuries nos EUA, que caiu para 3,965% no título de dois anos e 4,447%% no de dez anos.

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