Juros futuros têm alta firme com pressão externa e ajustes antes do Copom
Dados econômicos fortes nos EUA pressionam juros futuros, enquanto investidores ajustam expectativas antes de reuniões de política monetária. No Brasil, a expectativa é de alta na Selic, com foco na continuidade do ciclo de aperto e futuras reduções.
Juros futuros subiram no pregão desta segunda-feira (5), pressionados por dados econômicos fortes dos Estados Unidos.
O mercado ajustou-se antes da reunião do Copom na quarta-feira (7), quando o Federal Reserve também decide sobre os juros.
A taxa do DI com vencimento em janeiro de 2026 subiu de 14,685% para 14,725%; o de janeiro de 2027, de 13,96% para 14,05%; o de janeiro de 2029, de 13,59% para 13,69%; e o de janeiro de 2031, de 13,805% para 13,87%.
Nos EUA, as taxas dos Treasuries também subiram, especialmente nos prazos mais longos; a T-note de dez anos passou de 4,314% para 4,353%.
O PMI do setor de serviços dos EUA revelou uma recuperação inesperada, com o ISM subindo de 50,8 em março para 51,6 em abril, reforçando a robustez da economia americana.
Os economistas notaram um salto do índice de preços pagos em serviços, que foi de 60,9 para 65,1, impulsionando a recuperação do PMI, apesar de tarifas impactantes.
No Brasil, investidores esperam uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic, prevendo que a taxa chegará a 14,75%.
A previsão para a Selic ao final do ano é de 14,5%, indicando uma redução mínima de 0,25 ponto percentual. O relatório Focus também ajustou a projeção do IPCA para 5,53% em 2025.
O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, acredita que o Copom fará a última alta da Selic nesta semana e iniciará cortes no quarto trimestre, projetando uma Selic de 14,25% após a reunião de dezembro.