Juros futuros têm forte queda após maior leilão de títulos prefixados do ano
Os juros futuros registram forte queda impulsionada pela boa demanda no leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional. Expectativas para a política monetária permanecem estáveis, apesar da leve desaceleração no setor de serviços.
Juros futuros de médio e longo prazo encerraram o pregão da quinta-feira (13) em forte queda.
A boa demanda pelo maior leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional deste ano colaborou para a redução das taxas.
Os vértices de prazo mais curto mantiveram-se estáveis, com expectativas de política monetária bem definidas.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 fechou em 14,72%; janeiro 2027 caiu de 14,60% para 14,49%; janeiro 2029 foi de 14,58% para 14,41%; e janeiro 2031 caiu de 14,73% para 14,56%.
A principal causa da queda dos juros futuros foi a oferta de 33 milhões de títulos prefixados durante o leilão, que foi bem absorvido pelo mercado.
Leandro Teixeira, gestor da Kinea Investimentos, destacou que o mercado está “muito líquido” após vencimentos de papéis e a entrada de R$ 150 bilhões de novos recursos.
A oferta de hoje reflete uma demanda reprimida e o clima favorável dos mercados, com fechamento da curva de juros americana e bom desempenho do real.
Apesar da queda de 0,2% no volume de serviços em janeiro, a expectativa para a taxa Selic permanece estável, com analistas projetando juros entre 15% e 15,25%.
Alguns economistas já consideram possíveis cortes de juros ainda este ano devido à desaceleração da economia.