Juros futuros têm forte recuo com reprecificação da política monetária após tarifas
Mercado reajusta expectativas sobre a Selic após medidas de Trump. Emissão de títulos prefixados pelo Tesouro Nacional registra boa aceitação e impulsiona queda nos juros futuros.
Juros futuros encerraram o pregão de quinta-feira (3) em queda robusta em todos os vértices da curva a termo.
O movimento foi impulsionado pelas tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, que provocaram uma reprecificação dos ciclos de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
A queda foi mais acentuada nas taxas de médio prazo, com o mercado prevendo:
- Aumento menor da Selic este ano
- Flexibilização monetária mais intensa em 2026
As taxas dos cursos abaixo se destacaram:
- DI janeiro 2026: 15,01% para 14,74%
- DI janeiro 2027: 14,85% para 14,375%
- DI janeiro 2029: 14,61% para 14,13%
- DI janeiro 2031: 14,775% para 14,37%
Nos Estados Unidos, as taxas também caíram:
- T-note de dois anos: 3,863% para 3,70%
- Título de dez anos: 4,127% para 4,033%
Com o forte alívio no mercado local de juros, o Tesouro Nacional realizou uma emissão robusta de títulos prefixados, oferecendo 24,5 milhões de papéis ao mercado, que absorveu quase integralmente a oferta.
A boa aceitação desses papéis apoiou o desempenho dos juros futuros nesta sessão.
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