Juros futuros têm leve queda com perspectiva de corte de taxas nos EUA
Juros futuros brasileiros caem com influência do cenário internacional e sinalizações do Federal Reserve sobre cortes na taxa. Expectativas otimistas para mercados emergentes podem beneficiar o Brasil, dado o atual quadro econômico.
Juros futuros fecharam em queda moderada na quarta-feira (6), influenciados pelo cenário externo.
O movimento foi impulsionado pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA, após dados fracos do mercado de trabalho.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 foi de 14,905% a 14,90%; DI de janeiro de 2027 ficou estável em 14,155%; DI de janeiro de 2029 caiu de 13,405% a 13,39%; e DI de janeiro de 2031 anotou baixa de 13,64% para 13,61%.
Nos Estados Unidos, a curva das taxas dos Treasuries se inclinou com a queda dos juros de curto prazo.
A taxa da T-note de dois anos caiu de 3,739% para 3,720%, enquanto a do título de dez anos subiu de 4,218% para 4,232%.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, citou uma desaceleração da economia americana que poderia levar à flexibilização da taxa de juros.
Lisa Cook, diretora do BC americano, também sinalizou a possibilidade de revisões de dados do mercado de trabalho que podem indicar pontos de virada econômicos.
As declarações abrem espaço para cortes de juros já na reunião de setembro do Fomc, com nomes como Mary Daly reforçando essa perspectiva.
Tadas Gedminas, do Goldman Sachs, acredita que um Fed menos conservador trará suporte para mercados emergentes, como Brasil, Chile e Coreia do Sul, favorecendo ciclos de corte.
O cenário é positivo, considerando que os juros reais no Brasil estão em torno de 10% com sinais de desaceleração da atividade econômica e inflação.