Juros futuros variam pouco após plano do governo contra tarifas em linha com previsto
Taxas de DIs oscilam levemente após anúncio de medidas do governo para mitigar impactos da tarifa dos EUA. Dados fracos do varejo brasileiro também influenciam a configuração do mercado e as expectativas para a política monetária.
Taxas dos DIs fecharam com variações modestas nesta quarta-feira, influenciadas por um plano de contingência do governo e dados econômicos.
No fim da tarde, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 estava em 13,93%, em comparação ao ajuste anterior de 13,964%. A taxa para janeiro de 2028 era de 13,22%, ante 13,197%.
Entre os contratos longos:
- Janeiro 2031: 13,43% (anteriormente 13,34%)
- Janeiro 2033: 13,56% (anteriormente 13,48%)
Inicialmente, as taxas futuras recuaram após dados de vendas no varejo muito abaixo do esperado. O IBGE reportou que as vendas caíram 0,1% em junho, contra uma expectativa de avanço de 0,7%.
Após essa reação, as taxas voltaram à estabilidade, enquanto os investidores focavam no impasse comercial entre Brasil e EUA, com o governo iniciando negociações.
O destaque foi a assinatura de uma medida provisória pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cria uma linha de crédito de R$30 bilhões para empresas afetadas pela taxação.
Além disso, o pacote inclui:
- Aportes de R$4,5 bilhões em fundos garantidores
- Até R$5 bilhões em créditos tributários a exportadores
Apesar de temores sobre impactos fiscais, a MP foi considerada alinhada com o esperado. Lais Costa, analista da Empiricus Research, destacou que o plano foi menos alarmante do que se temia.
No cenário externo, o foco continua nas expectativas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro, com o rendimento do Treasury de dois anos caindo para 3,681%.