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Juros longos sobem com IPCA pressionado e alta dos rendimentos dos Treasuries

As taxas dos DIs registram alta impulsionadas pela inflação persistente no Brasil e pela elevação dos rendimentos dos Treasuries nos EUA. O cenário inflacionário mantém as expectativas em torno da Selic, com possibilidade de aumento da taxa básica em março.

Taxas dos DIs em alta refletem a inflação pressionada no Brasil e o avanço dos Treasuries no exterior devido à guerra de tarifas entre os EUA e parceiros comerciais.

Taxa do DI para janeiro de 2026: 14,705%, levemente abaixo de 14,706%. Para janeiro de 2027, taxa em 14,575% (anterior: 14,541%).

No vencimento de janeiro de 2031: taxa em 14,71%, aumento de 12 pontos-base (14,59% anterior). Para janeiro de 2033: 14,72% (anterior: 14,584%).

O IBGE informou que o IPCA subiu 1,31% em fevereiro, mantendo-se alinhado com a expectativa de alta de 1,30%. Em 12 meses, a inflação acumulou 5,06%.

Componentes como serviços intensivos em mão de obra subiram 0,63%, acima da expectativa de 0,54%. A média dos núcleos de inflação ficou em 0,60%.

A analista Laís Costa apontou que, apesar de estar em linha, o IPCA indica um qualitativo ruim, influenciando taxas de DIs longas. Expectativas de corte da Selic não são unânimes.

No exterior, o CPI dos EUA avançou apenas 0,2% em fevereiro, abaixo da espera de 0,3%. Isso refletiu incertezas em relação ao espaço para cortes de juros pela inflação.

Aumento de tarifas sobre importações de aço e alumínio nos EUA afeta Brasil, México, e Coreia do Sul. Isso impacta os yields dos Treasuries, que permanecem em alta.

Curva brasileira mostrava 96% de probabilidade de alta de 100 pontos-base na Selic em março, atualmente em 13,25% ao ano.

Expectativas sobre a Selic a partir de maio incluem 56% de chance de alta de 50 pontos-base, com várias outras possibilidades consideradas, incluindo manutenção.

Aos 16h46, rendimento do Treasury de dez anos subia 3 pontos-base, a 4,32%.

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