Juros sobem 1 p.p. e vão a 14,25%, mesma taxa do fim do governo Dilma
Banco Central anuncia aumento da Selic para 14,25% ao ano, revelando preocupações com a inflação. Este é o maior patamar desde 2016, impulsionando a discussão sobre a autonomia da instituição.
Banco Central eleva Selic para 14,25% ao ano
Na quarta-feira (19.mar.2025), o Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual, atingindo 14,25% ao ano, o mesmo nível de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff.
A última superação desse patamar ocorreu em agosto de 2006, quando a Selic estava a 14,75%, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A Selic, taxa básica de juros da economia, influencia os preços de empréstimos e financiamentos.
Motivo da alta: controle da inflação. O Copom já havia anunciado essa alta na reunião de janeiro.
Taxas mais altas tornam o crédito mais caro, freando o consumo e a produção, o que contribui para evitar aumento acelerado de preços.
A inflação acumulada até fevereiro foi de 5,06%, acima do limite tolerado de 4,5%, alarmando diretores do Banco Central.
Atualmente, o Brasil é o 4º país com maiores juros reais do mundo, com uma taxa projetada de 8,79%, atrás de Turquia, Argentina e Rússia.
Comitê de Política Monetária: criado em 1996, é composto por diretores do Banco Central e presidido por Gabriel Galípolo, que enfrenta riscos de pressão política.
Galípolo reforçou seu compromisso com a independência do Banco Central e a política de alta de juros para assegurar a estabilidade econômica.
Com a autonomia sancionada em 2021, o governo atual substituiu diretores, marcando 2025 como um ano significativo em termos de representação administrativa.