Juros vão ao maior patamar desde 2006: veja por que isso abre mais oportunidades para investir na renda fixa?
Banco Central eleva a Selic para 14,75% ao ano em decisão unânime, refletindo um ciclo de aperto monetário. Expectativa é que esse patamar se mantenha por um período prolongado, impactando investimentos e a inflação.
Banco Central (BC) eleva a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, de 14,25% para 14,75% ao ano, a terceira alta sob a gestão de Gabriel Galípolo.
A decisão foi unânime e esperada pelo mercado. A Selic não estava nesse patamar desde agosto de 2006, sendo o maior nível em quase 20 anos.
Expectativa de inflacionamento: Apesar da alta, economistas acreditam que este pode ter sido o último aumento do ciclo. No Boletim Focus, a estimativa da Selic para o fim do ano já era de 14,75%.
Cenário econômicos e projeções:
- O BC busca levar a inflação para a meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.
- Atualmente, o IPCA acumula alta de 5,48% em 12 meses.
A economista-chefe da B.Side, Helena Veronese, afirma que o ciclo de alta foi encerrado, enquanto Rafaela Vitória, do Banco Inter, concorda, enfatizando que a manutenção da Selic é crucial.
Oportunidades de investimento:
- Títulos pós-fixados: Rentabilidade atrelada à Selic, recomendados para o atual cenário restritivo.
- Títulos prefixados: Não recomendados para mudança total devido à incerteza de cortes na Selic.
- CDBs e debêntures: Cuidado com a análise da instituição financeira emissora é fundamental.
- Fundos de renda fixa: Boa opção para diversificação gerenciada por profissionais.
Conclusão: O cenário atual exige cautela e diversificação na carteira de investimentos, dada a incerteza econômica, tanto nacional quanto global.