Justiça alemã condena ex-executivos da Volkswagen a penas de prisão por fraude no escândalo 'dieselgate'
Justiça alemã impõe penas a ex-executivos da Volkswagen por fraude no "dieselgate", que resultou em bilhões de euros em prejuízos para a montadora. Os réus, incluindo o ex-chefe de desenvolvimento de motores, foram condenados por manipulação de emissões que afetou milhões de veículos globalmente.
Justiça alemã condena ex-dirigentes da Volkswagen por envolvimento no escândalo "dieselgate", que surgiu em 2015.
Um software manipulava medições de emissões em milhões de carros, permitindo que aparentassem ser menos poluentes.
O juiz Christian Schütz enfatizou que “as autoridades não foram informadas que as emissões eram muito mais altas em uso real”, qualificando a prática como ilegal.
A Volkswagen admitiu ter equipado 11 milhões de veículos com o software, afetando também marcas como Audi e Porsche.
O escândalo causou uma crise significativa, custando à montadora cerca de 33 bilhões de euros até agora. A empresa pagou US$ 1 bilhão ao Estado da Baixa Saxônia e indenizações a 250 mil compradores.
As penas dos condenados foram:
- Jens H. - 4 anos e meio de prisão
- Hanno J. - 2 anos e 7 meses
- Heinz-Jakob Neusser - 1 ano e 3 meses (liberdade condicional)
- Thorsten D. - 1 ano e 10 meses (sursis)
Os réus podem recorrer. O ex-CEO Martin Winterkorn não foi julgado junto com os demais e está em processo separado devido a problemas de saúde. Sua participação no escândalo foi contestada.
Winterkorn negou responsabilidade e sua situação permanece indefinida após um acidente interromper seu julgamento.
Durante o processo, réus acusaram uns aos outros e a Winterkorn. Outros processos contra nove réus foram arquivados após acordos de multas.
Em junho de 2023, o ex-CEO da Audi, Rupert Stadler, foi condenado a 1 ano e 9 meses em liberdade condicional e a pagar 1,1 milhão de euros.