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Justiça alemã condena ex-executivos da Volkswagen à prisão por fraude

Quatro ex-dirigentes da Volkswagen recebem penas de até quatro anos e meio pelas fraudes do "dieselgate". O escândalo teve um custo estimado em 33 bilhões de euros para a montadora e abalou sua reputação global.

Justiça alemã condena quatro ex-dirigentes da Volkswagen por envolvimento no escândalo "dieselgate", que começou em 2015.

O caso surgiu quando autoridades dos EUA descobriram um software manipulador nas medições de emissões de poluentes, permitindo que os veículos parecessem menos poluentes.

O juiz Christian Schütz, do Tribunal de Braunschweig, destacou que as autoridades não foram informadas sobre as emissões reais, o que é ilegal.

A Volkswagen admitiu ter equipado 11 milhões de carros no mundo com o software, que afetou também marcas como Audi e Porsche. O escândalo resultou em 33 bilhões de euros de custos para a empresa.

As condenações foram:

  • Jens H.: quatro anos e meio de prisão.
  • Hanno J.: dois anos e sete meses.
  • Heinz-Jakob Neusser: um ano e três meses, em liberdade condicional.
  • Thorsten D.: um ano e dez meses, também com sursis.
As sentenças são passíveis de recurso.

Martin Winterkorn, ex-CEO da Volkswagen, teve seu processo separado por questões de saúde. Ele também foi acusado, mas não participou desse julgamento.

Recentemente interrogado, Winterkorn negou responsabilidade e alegou que sua carreira foi prejudicada pelo escândalo. Seus casos seguem em aberto.

Outros processos foram arquivados após acordos; a maioria dos réus acusou uns aos outros e a Winterkorn.

Em junho de 2023, o ex-CEO da Audi, Rupert Stadler, foi condenado a um ano e nove meses, mas sua defesa apresentou recurso.

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