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Justiça aprova recuperação judicial da FMU, que tem 60 mil alunos e dívidas de R$ 116 milhões

Decisão judicial busca garantir a continuidade das atividades das Faculdades Metropolitanas Unidas, que enfrenta uma dívida total de R$ 116,4 milhões. Alunos e programas acadêmicos não serão afetados pelo processo de recuperação judicial.

A Justiça de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial das Faculdades Metropolitanas Unidas Educacionais (FMU). A decisão foi assinada pelo juiz Marcelo Stabel de Carvalho Hannoun, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais.

Na decisão, o juiz reconheceu a crise econômico-financeira da instituição, destacando a importância do processo para a manutenção das atividades, que atendem 60 mil alunos e 1,1 mil funcionários.

Hannoun determinou a suspensão de todas as ações e execuções contra a empresa. Credores têm 15 dias para apresentar divergências sobre os créditos a receber.

A FMU declarou uma dívida total de R$ 116,4 milhões, sendo:

  • R$ 2,1 milhões em passivo trabalhista;
  • R$ 1,1 milhão em débitos com micro e pequenas empresas;
  • R$ 57 milhões em dívida fiscal (não sujeita à recuperação judicial).

A empresa terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação, conforme a Lei de Falências.

Os bancos são os principais credores, com um total de R$ 96,5 milhões, incluindo:

  • Santander;
  • Itaú;
  • Banco XP;
  • Meta (R$ 788 mil);
  • Zoom (R$ 786 mil);
  • Google (R$ 2,1 milhões).

A FMU atribuiu a crise a fatores macroeconômicos, impactos prolongados da pandemia da Covid-19 e disputas judiciais com os fundadores. Além disso, mencionou aumento da inadimplência e evasão de alunos.

A instituição afirmou que o processo de recuperação não afetará os alunos: "Nada irá mudar com essa recuperação judicial. Os programas acadêmicos, estágios, parcerias e projetos sociais seguirão normalmente."

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