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Justiça argentina suspende decreto de Milei que limitava direito à greve

Decisão da Justiça impede implementação de decreto que restringia o direito à greve na Argentina. A medida foi tomada após protestos de centrais sindicais que consideraram a norma inconstitucional e ameaçadora aos direitos trabalhistas.

Justiça argentina suspende decreto de Javier Milei

Nesta segunda-feira (2), a Justiça Nacional do Trabalho da Argentina suspendeu parte de um decreto que limitava o direito à greve e ampliava atividades forçadas em greves, após pedido da Confederação Geral do Trabalho (CGT).

O tribunal acolheu a medida cautelar e suspendeu provisoriamente os efeitos dos artigos 2º e 3º do D.N.U. 340/25, assinado por Milei há duas semanas.

O decreto ampliava os serviços considerados essenciais e incluía:

  • Transporte marítimo e fluvial
  • Serviços portuários e aduaneiros
  • Educação
  • Telecomunicações
  • Transporte de pessoas
  • Construção
  • Indústria alimentícia
  • Gastronomia

As atividades essenciais deveriam operar em 75% e as transcendentes em 50% durante greves, com possíveis multas e sanções para sindicatos que não cumprissem.

A medida gerou repúdio das centrais sindicais e associações de advogados, que afirmaram que cerceava o direito à greve. A CGT celebrou a decisão da Justiça e reafirmou seu compromisso em proteger os direitos dos trabalhadores.

Após a posse de Milei em dezembro de 2023, um megadecreto semelhante foi suspenso em agosto de 2024 por inconstitucionalidade. Agora, o projeto aguarda análise da Suprema Corte.

A CGT e outras centrais sindicais realizaram três greves gerais desde a presidência de Milei, a mais recente em 10 de abril.

*Com informações da AFP
Publicado por Nátaly Tenório

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