Justiça barra ordem de Trump contra alunos estrangeiros em Harvard
Juíza determina que Harvard pode continuar admitindo estudantes internacionais temporariamente. Medida de Trump é contestada por impactar negativamente a universidade e seu corpo discente.
A juíza federal dos EUA, Allison Burroughs, bloqueou a decisão do presidente Donald Trump que impedia a Universidade de Harvard de admitir estudantes estrangeiros.
A decisão foi emitida em 5 de junho de 2025, estabelecendo uma ordem de restrição temporária até o fim do processo judicial entre a universidade e o governo. A juíza argumentou que a medida causaria “prejuízo imediato e irreparável” à instituição.
A Universidade de Harvard classificou a suspensão de vistos para novos estudantes estrangeiros como uma ação “retaliatória”. Esta é a 2ª intervenção da juíza em favor da universidade em relação a estudantes internacionais.
No procedimento, Harvard alegou que a proclamação de Trump nega a milhares de estudantes o direito de estudar nos EUA, afetando seu corpo discente, onde mais de 25% são internacionais.
A porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, chamou Harvard de “foco de agitadores antiamericanos”, afirmando que suas ações comprometem o sistema de vistos e representam um risco à segurança nacional.
Esta não é a primeira ação da gestão Trump contra Harvard, que já havia sido proibida de receber estudantes e pesquisadores estrangeiros por suas supostas condutas. Harvard, por sua vez, alegou que essa decisão é “ilegal e injustificada”.
Em abril, a universidade também processou o governo para impedir o congelamento de US$ 2,2 bilhões em financiamento federal, argumentando que o governo não deve ditar suas políticas de admissão e ensino.
Dados de Harvard indicam que no ano letivo 2024-2025, 27,2% dos alunos são estrangeiros, totalizando 6.793 estudantes.