Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de empresas e pessoas acusadas de fraudes no INSS
Justiça Federal bloqueia R$ 23,8 milhões de empresas e sócios envolvidos em fraudes contra aposentados do INSS. A medida visa garantir reparação aos beneficiários lesados por descontos ilegais em seus contracheques.
Justiça Federal bloqueia R$ 23,8 milhões em bens de empresas e sócios envolvidos em fraudes contra aposentados do INSS.
A decisão foi tomada pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
O bloqueio afeta as empresas Venus Consultoria e THJ Consultoria, além de sócios como Alexandre Guimarães (ex-diretor do INSS), Rubens Oliveira Costa e Thaisa Hoffmann Jonasson (ex-esposa do ex-procurador do INSS).
O objetivo é garantir reparação a beneficiários da Previdência que sofreram descontos ilegais em seus contracheques. A AGU já solicitou o bloqueio de bens que somam R$ 2,56 bilhões contra 12 entidades associativas e 60 réus.
A Venus e a THJ foram acusadas de serem empresas de fachada criadas para fraudar aposentados, utilizando laranjas para esconder os responsáveis. Elas pagaram vantagens a agentes públicos para permitirem os descontos indevidos.
As associações estão sendo investigadas em Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) por corrupção e fraude. A Polícia Federal detalha como as entidades forjavam contratos e utilizavam call centers para enganar aposentados.
A "Operação Sem Desconto", iniciada pela Polícia Federal em 2024, já identificou milhares de vítimas. O escândalo resultou na queda do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e gerou pedido de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
O bloqueio de bens é um primeiro passo para ressarcir os aposentados, enquanto investigações e auditorias prosseguem na CGU e no Tribunal de Contas da União (TCU). Não há previsão de quando os valores bloqueados poderão ser repassados às vítimas.