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Justiça condena governo de SP a pagar R$ 2 milhões por incentivar trabalho infantil em contratos de irregulares de menores

Governo paulista é responsabilizado por promover trabalho infantil irregular e terá que pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos. A sentença proíbe a intermediação de estágios e revisões de turnos, destacando a violação dos direitos dos adolescentes envolvidos.

Governo de SP condenado a pagar R$ 2 milhões por danos morais coletivos.

A condenação se deu por fomentar trabalho infantil com adolescentes de 14 a 16 anos em Porto Feliz através da liberação de alunos para estágios e aprendizagens irregulares.

A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O juiz Valdir Rinaldi da Silva estima que cerca de 300 adolescentes estavam nessa situação, realizando atividades como:

  • Babás
  • Lavadores de carros
  • Ajudantes de caminhão
  • Limpeza em geral
  • Trabalho em laticínios e supermercados

O governo afirmou que a Procuradoria Geral do Estado está analisando medidas cabíveis.

O procurador Gustavo Rizzo Ricardo destacou que o estado não pode promover fraudes nas relações contratuais. A situação irregular foi constatada também em outras escolas.

A sentença enfatiza que muitos adolescentes estavam em jornadas exaustivas e realizando atividades em situações de trabalho proibido, como:

  • Construção civil
  • Trabalho doméstico

Além do pagamento de danos, o governo não poderá mais intermediar mudanças de turno, indicativo de trabalho proibido.

A responsabilidade do estado é clara, pois as escolas intermediaram essas contratações irregulares. O argumento de vulnerabilidade social para justificar essas práticas foi considerado inadmissível.

O procurador mencionou que os pais tinham solicitado liminares para permitir o trabalho, alegando questões sociais e financeiras, posicionando as crianças como arrimos de família.

Ainda cabe recurso à decisão judicial.

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