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Justiça confederação de agricultores por descontos ilegais em 2020

Investigação revela esquema de fraudes na Conafer envolvendo descontos indevidos em benefícios do INSS. Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo para apurar a participação da entidade nas irregularidades.

Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais) está sendo investigada pelo MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) por descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

A investigação, que ocorreu entre 2020 e 2021, revelou que a Conafer se beneficiava de milhões de reais desviados de aposentadorias, utilizando contratos simulados, falsificação de documentos e empresas de fachada.

A entidade firmou um ACT (Acordo de Cooperação Técnica) com o INSS, mas a maioria das filiações era fraudulenta. Para isso, contratou a Target Pesquisa de Mercado por R$ 750 mil para coletar assinaturas.

Documentos eram fabricados artificialmente, e a Target terceirizou para a Premiar Recursos Humanos a falsificação dos dados, utilizando endereços fictícios junto à Receita Federal.

Em resposta a questionamentos do INSS, a Conafer apresentou documentos irregulares, como fichas incompletas e CPFs de falecidos.

Um ex-funcionário da Premiar fez denúncias sobre a manipulação de documentos. Após deixar a empresa, relatou ter sofrido ameaças.

A Polícia Federal cumpriu, em 14 de maio de 2025, 2 mandados de busca e apreensão como parte da operação Sem Desconto, em Presidente Prudente, São Paulo. A investigação foca em pessoas ligadas à Conafer.

O líder da organização é Carlos Roberto Ferreira Lopes, empresário mineiro, e proprietário da holding Farmlands nos EUA e da empresa de gado Concepto Vet. Seu filho administra a Lagoa Alta, uma companhia de mineração em Minas Gerais.

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