Justiça da Romênia mantém veto a candidato de ultradireita a 4 dias de prazo para registro

Tribunal Constitucional da Romênia manteve veto à candidatura do ultradireitista Calin Georgescu para a eleição de maio, conforme noticiado pela Digi24 nesta terça-feira (11).

Georgescu, de 62 anos, foi um candidato pró-Rússia e alcançou o segundo turno na eleição anterior, que foi anulada devido a interferência de Moscou, o que ele nega.

Na campanha anterior, Georgescu, quase desconhecido, recebeu grande apoio nas redes sociais, mas não declarou gastos de campanha.

Atualmente, ele aparecia como líder nas pesquisas, com até 40% das intenções de voto. No entanto, após apresentar sua candidatura no último domingo (9), a autoridade eleitoral barrou seu registro, gerando protestos violentos entre apoiadores e a polícia.

A decisão do tribunal é irrecorrível e desencadeou novas manifestações em frente ao tribunal, com gritos de "liberdade".

A Romênia, membro da União Europeia e da Otan, enfrenta preocupações devido à ascensão de políticos pró-Moscou em um contexto de guerra na Ucrânia.

Embora Georgescu esteja fora da disputa, indica-se que os eleitores possam se voltar para partidos antissistema. Em declarações, um taxista expressou descontentamento com a atual oportunidade política.

Nas últimas eleições parlamentares, partidos ultranacionalistas que apoiaram Georgescu conquistaram 35% dos assentos, fortalecendo a oposição ao governo pró-Otan.

O presidente romeno possui um papel semiexecutivo, e a próxima janela para apresentação de candidaturas se encerra em 15 de março. As opções de substituição estão sendo exploradas, incluindo George Simion, líder da Aliança para a União dos Romenos (AUR).

A investigação criminosa contra Simion por incitação à violência também foi aberta após o veto a Georgescu.

Segundo analistas, o apoio de Georgescu poderá influenciar a próxima votação, embora não garanta a transferência total de votos.