Justiça de Hong Kong congela fortuna ligada a ex-CEO da Evergrande
Tribunal de Hong Kong congela ativos de US$ 24 milhões de mulher de ex-CEO da Evergrande. Medida visa recuperar bilhões da gigante imobiliária falida, enquanto o processo de liquidação avança.
Tribunal de Hong Kong ordena o congelamento de US$ 24 milhões (cerca de R$ 139,2 milhões) em ativos nos EUA, pertencentes à mulher de Xia Haijun, ex-CEO do China Evergrande Group.
A decisão, emitida pelo juiz Coleman, visa recuperar recursos para os credores enquanto a Evergrande enfrenta a iminente exclusão da Bolsa de Valores de Hong Kong em 25 de agosto.
A mulher de Xia, com sobrenome He, foi mencionada como a 8ª ré no processo e está proibida de vender os bens. O tribunal determinou que Xia era o verdadeiro beneficiário dos ativos e **não cooperou** em revelar seu patrimônio.
A liquidação da Evergrande foi **ordenada em janeiro de 2024**. Liquidantes buscam recuperar US$ 6 bilhões (R$ 34,8 bilhões) em dividendos e pagamentos de 7 réus, baseados em alegações de demonstrações financeiras supostamente fraudadas de 2017 a 2020.
Os ativos congelados, localizados na Califórnia, EUA, incluem:
- 3 propriedades de luxo;
- 4 carros (3 Teslas e 1 Mercedes-Benz SUV).
As propriedades são:
- Dupla em Irvine, avaliadas em US$ 7,12 milhões e US$ 3,24 milhões;
- Uma mansão em Newport Coast, com 6 quartos, comprada por US$ 14,5 milhões.
O juiz considerou a compra da mansão suspeita, realizada sob o “New Life Trust”, com He como única administradora. A aquisição foi vista como parte do plano de Xia para recomeçar a vida nos EUA.
Xia também foi descrito como “extremamente relutante” em fornecer seu endereço, evidenciando o risco sério de dissipar ativos.
Os liquidantes agora buscarão o reconhecimento da medida judicial nos EUA.
A ação segue medidas anteriores contra outras pessoas ligadas à Evergrande, como Ding Yumei, que teve bens congelados em Hong Kong e no Reino Unido.
Esta reportagem foi originalmente publicada pela Caixin Global e traduzida pelo Poder360.