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Justiça de SP condena bolsonaristas por boicote a considerados “esquerdopatas”

Administradores de grupo de WhatsApp são punidos por incentivar boicote a eleitores de outros candidatos. Tribunal reconhece perseguições e danos causados a comerciantes e profissionais liberais em Cafelândia.

Administradores do grupo de WhatsApp “Patriotas Cafelândia” foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por perseguição durante as eleições de 2022.

Os réus, o professor Davoine Francisco Colpani e o dentista Edson Parra Nani Filho, divulgaram uma lista de boicote a supostos eleitores de outros candidatos, atacando profissionais e comerciantes da região.

A lista, que circulou entre cerca de 300 pessoas, incluía termos pejorativos como “esquerdopatas” e “traidores”. O objetivo era prejudicar os negócios e empregos de quem não votasse em Jair Bolsonaro.

As vítimas relataram que foram incentivadas a não consumir produtos ou serviços dos listados, resultando em danos financeiros e medo de agressões.

Uma comerciante, atingida pela lista, sofreu uma explosão no seu bar, comprometendo seu faturamento em até 60%. Outra vítima foi ameaçada a expor a bandeira de Bolsonaro para ter seu nome removido da lista.

Os réus negaram ter promovido o boicote, mas admitiram a divulgação da lista. O desembargador Luís Soares de Mello considerou os elementos de prova suficientes para condenação.

Após quase três anos, eles foram sentenciados a reclusão em regime aberto com suspensão condicional de dois anos, além de indenizações de quatro salários mínimos para cada vítima.

Davoine foi condenado a um ano e quatro meses e Edson a um ano e cinco meses.

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