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Justiça de SP dá 60 dias para a prefeitura apresentar plano para renomear locais ligados à ditadura militar

Justiça determina a renomeação de locais em São Paulo que fazem referência à ditadura militar. Prefeitura tem 60 dias para apresentar um plano, mas planeja recorrer da decisão.

Justiça de São Paulo exige que a prefeitura apresente, em 60 dias, um plano para renomear ruas e locais que homenageiam militares e figuras da repressão durante a ditadura militar.

A administração de Ricardo Nunes (MDB) planeja recorrer da decisão. A ação civil pública foi proposta pelo Instituto Vladimir Herzog e pela Defensoria Pública da União.

O juiz Luiz Manoel de Fonseca Pires destacou a inação do poder público em renomear espaços que perpetuam a memória da repressão. A determinação inclui 11 locais, como ruas, praças e um crematório.

A Comissão da Memória e Verdade identificou 38 locais associados à ditadura, sendo 22 diretamente ligados à repressão.

Locais que devem ser renomeados:

  • Crematório Dr. Jayme Augusto Lopes - associado a desaparecimentos forçados.
  • Centro Desportivo Caveirinha - homenageia o general Milton Tavares de Souza.
  • Avenida Presidente Castelo Branco - nome do primeiro presidente da ditadura.
  • Ponte das Bandeiras - homenageia um ex-diretor do DOPS.
  • Rua Alberi Vieira dos Santos - ex-sargento envolvido em repressão.
  • Rua Dr. Mario Santalucia - participou de laudos fraudulentos.
  • Praça Augusto Rademaker Grunewald - almirante e ministro da Aeronáutica.
  • Rua Délio Jardim de Matos - articulador do golpe de 1964.
  • Avenida General Enio Pimentel da Silveira - implicado em torturas.
  • Rua Dr. Octávio Gonçalves Moreira Júnior - envolvido em tortura e ocultação de cadáveres.
  • Rua Trinta e Um de Março - remete à data do golpe de 1964.

Publicado por Sarah Paula

Reportagem produzida com auxílio de IA

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