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Justiça derruba lei contra imigrantes aprovada pelo governo de Portugal

Decisão do Tribunal Constitucional poderá alterar significativamente a abordagem do governo em relação à imigração. Propostas do premiê visam endurecer as regras, mas agora enfrentam novos desafios legais e sociais.

A justiça de Portugal declarou inconstitucional a recente “lei dos estrangeiros” aprovada há duas semanas pelo governo do premiê Luis Montenegro (PSD).

As novas regras impunham dificuldades para imigrantes e foram aprovadas rapidamente com apoio da extrema-direita.

O Tribunal Constitucional respondeu a uma consulta do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, destacando inconstitucionalidades nas mudanças sobre reagrupamento familiar e limitações ao acesso à justiça para imigrantes.

A lei, aprovada em 16 dias úteis, foi criticada por falta de discussão com a sociedade civil e agora será enviada novamente ao Parlamento.

Montenegro planeja buscar uma “solução jurídica” para implementar as mudanças. O Parlamento retorna em setembro.

Além disso, o governo propõe aumentar o tempo para solicitar nacionalidade de 5 anos para 7 (países de língua portuguesa) e 10 anos (demais). Essa medida foi parte de concessões ao partido Chega para garantir apoio.

Portugal conta com 10 milhões de habitantes, dos quais 1,5 milhão são imigrantes. O governo anterior facilitou a imigração, mas isso resultou em um congestionamento burocrático.

A Agência para Integração, Migrações e Asilo (Aima), atual órgão responsável pela imigração, enfrenta críticas por atrasos na análise de processos.

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