Justiça dos EUA mantém bloqueio a deportações feitas sob pretexto de lei de guerra
Justiça dos EUA suspende deportações de imigrantes venezuelanos, gerando embates entre o Executivo e o Judiciário. A decisão do tribunal de apelações desafia a aplicação da Lei de Inimigos Estrangeiros por parte do governo Trump.
Decisão Judicial: A segunda instância da Justiça dos EUA manteve a suspensão da deportação de imigrantes venezuelanos, determinada pelo juiz James Boasberg.
Contexto: A decisão representa uma derrota para o presidente Donald Trump, que criticou Boasberg e afirmou que o bloqueio é uma invasão do Judiciário.
Recurso: O caso pode ser levado à Suprema Corte, dominada por uma maioria conservadora.
Voto do Tribunal: Um painel de três juízes decidiu, por 2 a 1, manter o bloqueio, com o juiz Justin Walker votando contra.
Base Legal: Trump invocou a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para deportar membros da gangue venezuelana Tren de Arágua, sem o devido processo legal.
Histórico: Essa legislação foi usada pela última vez durante a Segunda Guerra Mundial.
Desdobramentos: Alguns voos de deportação ocorreram antes da ordem judicial, levando 238 venezuelanos a El Salvador, enquanto a disputa judicial se intensificava.
Críticas: Trump e aliados pediram o impeachment de Boasberg, rotulando-o como "lunático radical de esquerda".
Críticas Internas: O juiz John Roberts, presidente da Suprema Corte, defendeu que o impeachment não é a solução para desacordos judiciais.
Defesa dos Deportados: Familiares negam que deportados tenham vínculos com gangues; um jogador de futebol foi rotulado incorretamente devido a uma tatuagem.
Argumentações: A juíza Patricia Millett destacou que os migrantes não tinham chance de contestar as acusações do governo. Já a juíza Karen Henderson questionou se a presença da gangue nos EUA constitui ato de guerra.
Defesa do Governo: O advogado do governo argumentou que o juiz não deveria questionar as decisões do presidente sobre política externa.
Visita a El Salvador: A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, visitou a prisão que abriga os deportados e se reunirá com o presidente Nayib Bukele.